Foto: Encontro Mulheres da Governança
O atendimento humanizado foi um dos temas centrais no encontro da série Mulheres da Governança, transmitida nesta segunda-feira (08.11) no canal da Rede de Governança Brasil (RGB), com participação da imunologista, oncologista e coordenadora do Comitê de Governança em Saúde, Nise Hitomi Yamaguchi.
Durante o encontro virtual, que foi mediado pelo ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e a diretora de Relações Institucionais da RGB, Elise Brites, a médica falou da sua trajetória, experiências com os pacientes, o livro “O ser humano diante do câncer e a vontade de curar”, governança na área da saúde, informações de dados e sociedades médicas.
Com mais de 40 anos dedicados à saúde e à ciência, Nise destacou a importância da preocupação com o ser humano. “Para mim, nós temos hoje um organismo social muito doente. Então, eu sou uma médica que ampliou a sua visão, eu não fiquei somente no indivíduo, mas na sociedade como um todo. Eu me preocupo com tudo que vai às veias, todas as partes que irrigam os diversos aspectos da sociedade, natureza e universo”, evidenciou Yamaguchi.
Tratamento humanizado
O olhar atento e a humanização na cultura das organizações também estiveram em pauta. A médica lembrou alguns casos de superação de doenças graves e desejo dos pacientes de serem curados. “Essa capacidade fantástica de cada paciente de lidar com situações inusitadas é o que fez com que eu quisesse lutar tanto por cada pessoa, para que elas não precisassem ficar tão graves”, disse emocionada.
Ela também contou da solidariedade entre os pacientes. “Uma vez tínhamos um garoto que tinha um tipo de mucoviscidose, que era incurável na época, mas hoje já tem remédio. Levamos para outro quarto, porque ele não estava bem. Todos os pacientes vinham visitá-lo. Eu descobrir que não podíamos tirar a dor, a dificuldade de cada momento... Todos enxergavam a dificuldade, e que precisaríamos, na realidade, era construir as pontes. Em que cada um pudesse agradecer o benefício que o outro fazia”, relembrou.
Governança na saúde e informações de dados
Nise Yamaguchi disse que a oportunidade de fazer parte do quadro de membros da RGB trouxe muito conhecimento sobre governança. Segundo ela, a transparência dos dados repercute em mais vidas salvas. “A governança permite salvar vidas. Essa humanização trazida para esse conceito que me desperta a vontade de trabalhar cada vez mais pelos projetos e aprender, porque existem muitas leis, marcos regulatórios, sistemas de compliance, Big Data que não usamos na saúde...”, pontuou a médica.
Para ela é preciso que haja uma associação da saúde suplementar e básica. “Temos que encontrar uma maneira de juntar as informações dos dois sistemas, intercambiar e aproximar para que um possa nutrir o outro de dados, e também construir uma saúde única, um sistema único”, explicou.
Sociedades médicas e RGB
Ainda durante o bate-papo com ministro da CGU e diretora de Relações Institucionais da RGB, Nise destacou sobre a importância de participar das sociedades médicas para o gerenciamento do sistema de saúde, além das redes sociais, sociedades civis organizadas e nas audiências públicas.
Da Assessoria de Imprensa RGB
(61) 9811-6788 e 98279-6538
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