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Debate da educação aponta caminhos para empregabilidade


Foto: Reset Work


A governança da educação para empregabilidade no período pós-pandêmico e as ações que estão sendo encaminhadas foram discutidas, na noite de terça-feira (16.11), no “Reset Work: A Governança da Educação e Trabalho para o período pós-pandêmico”. O evento contou com a participação de representantes da Rede de Governança Brasil (RGB) e entidades como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), Ministério da Educação (MEC), Instituto Botteon Gestão e Liderança e Arbache Innovations.


A reunião foi transmitida ao vivo pelo o canal do Youtube da RGB e ainda emitiu certificados de participação.


Mediado por membros do Comitê de Governança em Educação da RGB, Ana Paula Arbache, Elise Brites, José Paulo Martins e Fábio Botteon, o debate apresentou dois painéis temáticos: Quais as diretrizes do reset work para o mundo do trabalho e quais são as melhores práticas? Onde a educação está nessa pauta? E como a educação pode contribuir para acelerar a agenda reset work e quais as ações que já estão sendo encaminhadas?


“O reset work é uma agenda que está aí posta para gente poder pensar o mundo da educação e do trabalho, e responder com precisão e agilidade necessária para recolocar um bilhão de pessoas no mercado. É uma agenda urgente e emergente, não vamos poder rodar com o mais do mesmo. É preciso de inovação e muita audácia e precisão para fazer que uma colisão de stakeholders possam dar conta dessa agenda tão importante para os brasileiros”, explicou Arbache na abertura do evento.


O embaixador da RGB e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, fez algumas considerações e expôs dados educacionais. Segundo ele, o MEC evoluiu de 2018 para 2021 na medição dos indicadores. “Agora estou convidando os ministérios para fazer reuniões paralelas com chefes de todas áreas, com o próprio ministro, para mostrar esses números e onde eles precisam aperfeiçoar”, comentou. Nardes revelou que está coordenando uma auditoria no Ensino Básico, além de visitar universidades de todo o Brasil.


Contribuição e aceleração da agenda ABRH e CNI


A psicóloga e diretora da ABRH, Sandra Gioffi, ressaltou que hoje o mercado de trabalho é muito escasso e difícil, e a pandemia acabou piorando ainda mais o quadro. Gioffi acrescentou que a tecnologia e inovação trouxe uma demanda muito grande de profissionais.


“Com a pandemia vimos isso tudo mais de perto, onde não tínhamos pessoas capacitadas para atuar no ambiente remoto, com acesso à tecnologia e com infraestrutura em casa”. Ela disse que ABRH tem o papel de integrar e reunir toda essa força de trabalho. “Para que possamos ter um país com maior oferta de talentos, desenvolvimento e oportunidade de carreira”, destacou.


Um dos pontos também enfatizados por Gioffi foi sobre as exigências das empresas com profissionais preparados. “Não adiantar esperar e buscar profissionais prontos. Eles têm uma capacitação grande ou apresentam uma experiência muito operacional”, pontuou.


Durante o encontro, o mestre em economia e diretor de operações do Serviço Social da Indústria (SESI), Paulo Mol Júnior, falou do processo de aprendizagem no ambiente educacional e o uso das tecnologias. Para ele, o mais importante é o aluno ter conhecimento e capacidade de buscar soluções a partir de problemas. “Porque o conteúdo hoje tem o ‘professor Google’ que vai explicar muitas coisas e professor acaba sendo o orientador do processo”, disse. Para Paulo é preciso “preparar as pessoas para que elas abracem essas mudanças, ser inimigo da tecnologia é um crime”, disparou.


Contribuição e aceleração da agenda MEC e FGV


O professor e diretor da FGV-SP, Paulo Lemos, disse que umas das normas dentro do estatuto da entidade é contribuição para o desenvolvimento do Brasil. “Há poucos anos criamos uma escola de matemática aplicada e estamos introduzindo em todos os nossos cursos questões avançadas, falando de inteligência artificial, Big Data, analytics, segurança cibernética e etc”, comentou.


No período mais delicado da pandemia, Lemos lembrou que a FGV disponibilizou um treinamento para todo o corpo docente da instituição. “Em 15 dias, todos os nossos cursos estavam de volta no ar usando uma tecnologia presencial à distância. O resultado disso que a fundação desenvolveu muitos cursos novos”, contou.

Segundo o secretário Adjunto do MEC, José Barreto, a instituição adotou três eixos de atuação durante a pandemia: disponibilidade de recursos educacionais digitais, avaliações diagnósticas com mapeamentos dos alunos e infraestrutura.


“Foi uma grande rede de governança montada para dar início a algumas ações, a exemplo de criação de um mapa atrelado ao sistema do Ministério da Saúde, onde se pode ver nas regiões institutos, escolas... qual o grau de crescimento ou encolhimento dentro da pandemia”, comentou Barreto.




Assessoria de imprensa da RGB








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