Diretora e Fundadora da Ocean Governança Integrada Luana Lourenço, em entrevista a RGB desta semana.
''A empresa que almeja o crescimento deve estar atenta ao mercado externo, que tem força para impulsionar o mercado interno. Implementar o sistema de Governança com os fatores ESG é ponto condicionante para atrair investimentos e até sobreviver. Reforço que a Governança Humanizada faz todo sentido nesse momento. Tem que cair a ficha de que o mundo mudou. Algumas empresas já se deram conta disso e estão reagindo a essas mudanças de mercado. Essas serão as mais resilientes nesse atravessar da crise.''
Nos últimos anos, temos observado que a Governança Pública tem ganhado destaque em diversos países. Na sua visão, o que é a Governança no setor público?
A Governança no setor público é um sistema de gestão amplo e abrangente, que tem por objetivo colocar em prática por meio de processos estruturados os princípios básicos de Governança (Transparência, Integridade e Prestação de Contas).
Políticas e documentos, controles, fator humano e gestão de pessoas, cultura organizacional, mecanismos de integridade e estrutura organizacional são processos que fazem parte da construção da Governança Pública. Ainda, todas as instituições públicas devem prever a inserção de questões relativas à sustentabilidade, conforme o Triple Bottom Line, ou em português Tripé da Sustentabilidade (Ambiental, Social e Econômico), que é bastante difundido no universo corporativo.
Também envolve outros fatores como: liderança, compromisso e integração. A liderança deve ser exercida com diretrizes claras sobre o que se espera dos líderes. O compromisso deve ser assumido por todos os membros da instituição, em conjunto – todos são igualmente responsáveis pelo bom funcionamento e melhoria da produtividade. E integração é relativa à ideia de interdependência entre os demais órgãos, departamentos, instituições públicas e privadas, e abrange toda a sociedade. A compreensão de que a falha do funcionamento de um órgão ou departamento afeta o todo deve ser clara. Portanto, essa visão sistêmica de interdependência deve ser privilegiada.
A cultura organizacional tem seu papel de extrema relevância e por isso deve ser planejada com objetivos claros e bem definidos. É fundamental elaborar planos de ação com agenda temática de treinamentos periódicos que necessitam ser avaliados regularmente, pois o cuidado com o trato público deve ser exercido com o máximo primor e qualidade.
Como foi o seu primeiro contato com a Governança e qual a missão da Ocean Governança Integrada?
Passei a ter contato com a Governança nos diversos institutos dos quais participei ao longo da minha experiência profissional. Os primeiros contatos se deram com empresas familiares, em minha atuação como mediadora de conflitos entre membros de empresas familiares.
Durante a especialização, tive contato mais aprofundado com a Governança, e concentrei meus esforços em avançar nos estudos do desenvolvimento da Governança Corporativa pelo mundo. Coordenei o Grupo de Trabalho de Governança no Instituto Compliance Rio, um grupo constituído por profissionais de múltiplas formações, conferindo-lhe o caráter multidisciplinar. Realizamos visitas técnicas em forma de café da manhã em empresas de diversos setores (familiares e não familiares) para compreendermos como foi o processo de desenvolvimento da sua governança, desde a fase de fundação da empresa até a alcançar maturidade e construir seus sistemas de governança. Ouvimos fundadores, sucessores e gestores. O exercício diário para ampliar a escuta ativa e empática, ou seja, a prática da observação e de ouvir sem julgamentos, traz inúmeros benefícios e ensinamentos. Além disso, como membro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e integrante do Capítulo RJ, mantenho interação e diálogo com diversos agentes de governança, além de participar de outros eventos e congressos.
Os Grupos de Estudos também foram e continuam a ser positivos para trocar experiências e obter novos conhecimentos. Veio o primeiro contato com a comunidade acadêmica, com o convite da coordenadora Lúcia Rosas da UCSAL, e me descobri como professora, levando a importância da Governança para o desenvolvimento socioeconômico do país aos alunos da pós-graduação.
A missão da Ocean Governaça Integrada é transformar as organizações em ambientes eticamente conscientes e responsáveis, cientes da sua capacidade de impactar positivamente a vida das pessoas e, assim, fazer a diferença no mundo. Humanizar empresas por meio da Governança Humanizada, e ser referência no Brasil e no mundo. Transformar o ambiente de negócios no Brasil, construindo empresas mais humanizadas e com boas práticas de governança.
Qual a importância do fator humano no fomento à Governança?
O ser humano está na base de tudo. Percebe-se que a Governança está cada vez mais voltada para o fator humano, justamente por reconhecer a importância da valorização de pessoas. Existe um arcabouço sólido de literatura e pesquisas que confirmam que pessoas engajadas contribuem significativamente para o aumento da produtividade e obtenção de ganhos com benefícios mútuos. Pessoas felizes, satisfeitas e realizadas geram lucro. A Teoria dos Jogos, com sua lógica de colaboração, aplica-se perfeitamente nessa construção de ambientes corporativos mais humanizados, éticos e conscientes.
Ultimamente tenho concentrado meus estudos nos resultados de empresas humanizadas – os ganhos são surpreendentes. Minha missão é fazer com que empresas despertem para esse benefício, pois todos ganham: o País prospera e o crescimento se torna cada vez mais sustentável. Pessoas no centro da tomada de decisão é o caminho para as organizações. O meio ambiente, por sua vez, é positivamente afetado a partir da Governança Humanizada.
Muitas pessoas ainda associam o conceito de sustentabilidade apenas a ações ligadas ao meio ambiente. Como o setor público brasileiro pode, na sua visão, promover a governança observando o desenvolvimento sustentável do país?
Essa percepção do conceito de sustentabilidade ligada ao meio ambiente é uma visão parcial, incompleta. Cabe aqui reforçar o tripé da sustentabilidade: Ambiental, Social e Econômico. Adicionalmente, discute-se muito o fator humano nas organizações e a sustentabilidade econômica, com resultados sustentáveis e duradouros.
O foco da governança e do mercado de capitais está nos fatores ESG – do inglês, Environmental, Social and Governance. Em português, o termo é representado pela sigla ASG – Ambiental, Social e Governança.
O fator A representa o ambiental, ligado à preservação do meio ambiente, à redução dos impactos negativos gerados pelas organizações e a medidas que elevem os impactos (externalidades) positivos em prol da sustentabilidade ambiental. São gerados relatórios e realizadas medições que comprovem tais medidas e, em seguida, as informações são reportadas aos stakeholders (clientes, fornecedores, governo, acionistas, investidores e toda a sociedade), assegurando a máxima transparência.
Existem estudos que abordam com profundidade a necessidade de ter pessoas mais satisfeitas com seu ambiente de trabalho e o impacto que gera na sociedade e na economia. O engajamento no trabalho é maior em países mais desenvolvidos. Assim, empresas que operam seus negócios em diversos países percebem essa correlação direta entre engajamento, produtividade e crescimento econômico. Felicidade dá lucro.
O setor público também deve acompanhar essa demanda, que envolve um processo de desenvolvimento da cultura organizacional, com base em planejamento e medição regular da produtividade e até do bem estar de seus funcionários. Isso está ligado ao fator S, que é o Social.
Quanto ao fator G, de Governança, engloba toda a estrutura organizacional, Conselho de Administração e demais órgãos de governança – conselho fiscal, comitês de assessoramento, secretaria de governança –, política de governança e outras políticas, normas, diretrizes, regimentos, atas e documentos, calendário de eventos corporativos, cultura organizacional e uma série de instrumentos, sendo a comunicação feita de forma integrada. Todos os processos são estruturados, com a devida documentação e total observância aos princípios da boa governança.
No ano passado fomos surpreendidos com as notícias de que todos os recursos usados para a sobrevivência (água, mineração, extração de petróleo, consumo de animais, plantio de alimentos com esgotamento do solo, entre outros pontos) entrarão em forma de "crédito negativo" para a humanidade. Significa que entramos em uma zona perigosa de extinção, que levará ao maior caos humanitário que podemos imaginar.
A preocupação ambiental deixou há muito de ser um “mero problema dos ambientalistas” e provoca reações de toda a sociedade, das empresas, além de requerer profundas mudanças no sistema capitalista. Por esse motivo, o Fórum Econômico Mundial de 2020 abrangeu tanto o capitalismo de stakeholders.
A pandemia provocou importantes debates e reflexões sobre esses fatores ESG ou ASG, o mercado reagiu positivamente e esse é apenas o começo das profundas transformações que vamos vivenciar. Está cada vez mais crescente a busca pela adesão ao Pacto Global da ONU e advocacy dos 17 ODS (Agenda 2030), ao Sistema B, ao movimento Capitalismo Consciente, e ao interesse pela Economia Circular.
O setor público tem suas especificidades, contudo deve também seguir as boas práticas de governança, acompanhar as transformações do mercado, melhorar continuamente a sua governança, aliada a fatores ESG, e ampliar seu compromisso com a Agenda 2030 (17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Quem atua na esfera pública deve entender que faz parte de um todo e que o desenvolvimento socioeconômico depende da rápida evolução do funcionalismo público, da incorporação do pensamento sistêmico e da compreensão da interconectividade.
É crescente o número de gestores de recursos estrangeiros que se rendem ao modelo ESG (a sigla em inglês para ambiental, social e de boa governança), seja como fator de seleção para investimentos, seja pela simples admissão de valor adicional pela conduta empresarial. Na sua visão, as empresas brasileiras já perceberam que a sustentabilidade será um fator de sobrevivência para os seus negócios nos próximos anos?
Sem dúvida! O mercado exige uma mudança de postura, um posicionamento por parte das instituições. A empresa que almeja o crescimento deve estar atenta ao mercado externo, que tem força para impulsionar o mercado interno. Implementar o sistema de Governança com os fatores ESG é ponto condicionante para atrair investimentos e até sobreviver. Reforço que a Governança Humanizada faz todo sentido nesse momento. Tem que cair a ficha de que o mundo mudou. Algumas empresas já se deram conta disso e estão reagindo a essas mudanças de mercado. Essas serão as mais resilientes nesse atravessar da crise.
Está surgindo um novo capitalismo influenciado por culturas como a da economia solidária e do consumo consciente?
Sim. Existem diversos movimentos que vêm ganhando força no Brasil e no mundo, o Capitalismo Consciente é um deles. Vou me ater a esse movimento de que participo ativamente: sou Embaixadora e Chapter Leader do Capitalismo Consciente no Rio de Janeiro. Entendemos que chegou o momento de ressignificar o capitalismo e, em vez daquele velho sistema capitalista selvagem, que só extrai os recursos naturais sem a devida preocupação com a renovação do ecossistema, surge um novo capitalismo, um movimento global, liderado por John Mackey (Fundador da Whole Foods Market) e Raj Sisodia (renomado Professor de Marketing) e que cresce diariamente em prol do bem-estar e prosperidade sustentável de todas as pessoas.
O capitalismo consciente, também conhecido como capitalismo de stakeholders (amplamente abordado em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial de 2020), fundamenta-se na elevação da consciência coletiva, na valorização das pessoas, na cultura do cuidado, na efetiva preocupação ambiental e com questões relativas à sustentabilidade e na afirmação de que é possível empresas prosperarem enquanto fazem o bem. Durante o FEM em Davos, diversos presidentes de multinacionais posicionaram-se afirmando que as empresas não devem mais se preocupar apenas com seus acionistas, mas também com funcionários, comunidades locais e outras companhias da cadeia produtiva. Esse novo capitalismo requer essencialmente a integração dos stakeholders e o bem-estar de todos.
Percebe-se uma forte relação entre propósito social e crescimento das marcas durante a pandemia, quando empresas têm se destacado e se fortalecido por sua gestão mais humanizada. Nesse sentido, há também um movimento de mudança dos padrões de consumo – o consumidor está cada vez mais consciente.
Diversas organizações já despertaram para a urgência de um novo capitalismo, com o crescimento exponencial de negócios conscientes, a exemplo das empresas: Whole Foods Market, Southwest Airlines, Starbucks, Patagonia, Natura, Hospital Albert Einstein, Visagio, Reserva, Bancoob, dentre outras.
John Mackey e Raj Sisodia, autores do livro “Capitalismo Consciente: como libertar o espírito heroico dos negócios”, explicam o conceito de Capitalismo Consciente. “É um paradigma em desenvolvimento para os negócios, que simultaneamente cria vários tipos de valor e bem-estar para todas as partes interessadas: financeiro, intelectual, físico, ecológico, social, cultural, emocional, ético e até mesmo espiritual.” (2018, p.35)
A pandemia, o isolamento social, a queda na renda da população e a consequente desigualdade, que está cada vez mais evidente, nos impõem importantes reflexões. Como ativista do capitalismo consciente e profissional do mercado, percebo que essa transformação está sendo vivenciada pelas empresas, fazendo-as repensar seus negócios com muito mais consciência do seu propósito maior: com uma nova interação com os stakeholders, liderança consciente e servidora e uma cultura e gestão conscientes. Algumas empresas de sucesso no Brasil operam seus negócios com base nesses princípios. As organizações mais resilientes são aquelas que compreenderam essa mudança. Consciência e humanização serão destaques nos negócios.
Qual sua opinião sobre a Governança hoje nos governos do estado e do município do Rio de Janeiro?
O Rio de Janeiro é um importante vetor da economia brasileira e, por conseguinte, um importante vetor econômico no mundo. Penso que se há alguma pretensão de atrair os investimentos de volta para o estado e a cidade do Rio de Janeiro, precisaremos avançar muito em matéria de Governança Pública. O mesmo raciocínio aplica-se ao fomento da Governança Corporativa nas empresas que operam suas atividades no Rio.
Não podemos ignorar a crise atual, provocada pela pandemia e seus impactos socioeconômicos, atingindo ainda mais o mercado de trabalho e a economia fluminense. Justamente enquanto estávamos na tentativa de recuperar as perdas econômicas resultantes das duas últimas recessões.
Os escândalos de corrupção precisam dar lugar a uma nova fase! O Rio de Janeiro precisa de uma reforma profunda em suas instituições para resgatar a credibilidade, melhorar a confiança e desenvolver políticas públicas voltadas para a conscientização da população. É um esforço conjunto, e por isso tem que envolver a sociedade e todas as instituições. Há muito espaço para crescer, e a governança é a chave para promover esse desenvolvimento. Essa construção deve acontecer com a interação entre a sociedade, os profissionais atuantes no mercado, a comunidade acadêmica e também com as empresas.
Qual a importância do Compliance para o fortalecimento das instituições públicas e privadas no Brasil?
Tivemos uma avalanche de escândalos de corrupção no mundo e aqui no Brasil. Todos nós conhecemos essas histórias. A partir dessa percepção mais clara sobre a sistemática da corrupção, foi necessário reagir para reconstruir a confiança dos clientes, da sociedade e dos investidores. Isso envolveu esforços incomensuráveis do Legislativo, Judiciário, empresas e de profissionais competentes do Compliance, que na maior parte das vezes atuaram sem contar com os recursos que lhe eram necessários.
Hoje, ainda temos conhecimento de casos de corrupção e fraudes, isso não vai parar, mas os mecanismos e instrumentos que foram desenvolvidos nas empresas e demais instituições mostram-se capazes de identificar e até prevenir a maior parte desses casos. Essa é a grande importância do compliance para o país.
“A luz do sol é o melhor detergente”, disse Louis Brandeis, Juiz da Suprema Corte Americana em 1914. Significa dizer que as instituições, sejam elas públicas ou privadas, devem realizar suas operações com máxima transparência, ou seja, tudo deve ser realizado às claras. Aliás, a transparência é um dos princípios da governança. A função social das empresas converge-se em princípios e diretrizes claras para o bem servir à sociedade.
Reafirmo que o maior benefício que o compliance, aliado à cultura organizacional, pode trazer é o aumento da confiança entre os multi stakeholders, ampliando as chances de gerar novos negócios e atrair investimentos.
Estamos vivendo hoje uma grave pandemia mundial. Na sua visão, quais consequências a atual crise deverá trazer para o setor público brasileiro?
Além da crise sanitária e o consequente efeito na saúde, temos os efeitos da redução da capacidade econômica da população. Em linhas gerais, a escassez de recursos básicos (pirâmide de Maslow) nos leva de volta à miséria, aumento de criminalidade e da violência, riscos de corrupção e fraudes, desemprego, absenteísmo e evasão escolar – esses são alguns dos desafios que teremos que superar.
Percebo que há uma legítima preocupação do governo em garantir recursos básicos para a população mais carente e, infelizmente, o oportunismo de algumas pessoas em usufruir dos benefícios concedidos pelo governo, esquecendo que há pessoas que mais necessitam dele. Isso revela o quanto ainda precisamos avançar em termos de conscientização, senso coletivo.
Contudo, acredito que o foco deve residir em promover boas ações. Movimentos como o capitalismo consciente, inovação e sustentabilidade, o fomento da Governança Corporativa e da Governança Pública são luz no fim de túnel. O Brasil caminha rumo à OCDE como forte candidato e esse ingresso elevará o nível dos negócios no país. Temos que encarar os desafios e mirar na direção de construir as possíveis soluções. Governança e seus fatores ESG são primordiais para a retomada do crescimento.
Você escreveu recentemente um artigo sobre a corrupção silenciosa. Poderia explicar esse conceito?
O conceito de Corrupção Silenciosa foi desenvolvido pelo Banco Mundial, por meio de uma pesquisa realizada na África Subsaariana, que resultou no relatório “Silent and Lethal: How quiet corruption undermines Africa’s Development” publicado em 2010, coordenado pelo então Economista Sênior do Banco Mundial e atual Vice-Presidente do CAF, professor brasileiro Jorge Arbache.
Aprofundar os estudos da Corrupção Silenciosa e entender como suas práticas minam os esforços de desenvolvimento econômico é de suma importância para o Brasil. O professor e economista Jorge Arbache é referência mundial nessa temática e sinto um orgulho imenso por ele ser um economista e pesquisador brasileiro.
Apesar de ter sido realizada na África, a pesquisa representa um retrato da sociedade em nível mundial. A corrupção silenciosa está relacionada ao fato de os gastos do governo não incorrerem necessariamente em melhoria social devido à ausência ou atraso de funcionários na prestação do serviço público ou pelo abuso de poder em benefício próprio, sem que necessariamente envolva recebimento de recursos de terceiros. Remete ao padrão habitual de ausências nos processos de trabalho, dever ou obrigação, seja por falta ou atraso, devido a algum motivo interveniente – o absenteísmo, que representa períodos de ausência de um funcionário em seu ambiente de trabalho, ou pela não dedicação comprometida com as responsabilidades que cabem ao agente público.
Se você tivesse que dar um conselho para quem quiser começar a trabalhar hoje com Governança no setor público, qual seria?
O primeiro passo a ser dado é conhecer e buscar identificação com os princípios da Governança Corporativa e da Governança Pública para perceber como eles estão entrelaçados. A leitura de livros e artigos de autores que são referência na área certamente irá contribuir com a evolução do profissional que deseja atuar como ativista da Governança. Pesquisar os cursos disponíveis no mercado, comparando o conteúdo programático e o corpo docente também é uma excelente opção. Participar de fóruns de discussão, interagir com profissionais mais experientes e participar de eventos nessa área contribuirá com o seu desenvolvimento profissional. E, antes de tudo isso, recomendo que esteja firme e consciente de sua essência, revise seu propósito de vida e seus valores pessoais. Eles serão os grandes aliados na definição do profissional que você será.
Luana Lourenço é graduada em Direito, LL.M em Direito Empresarial e é especialista em Compliance avançado pela FGV Direito Rio. Cursa o MBA em Management do IAG PUC-Rio. Professora de Pós-graduação em Governança Humanizada, Compliance e Gestão Estratégica de Conflitos. Embaixadora do Capitalismo Consciente Brasil e Chapter Leader RJ do ICCB. Certificação Profissional em Economia Circular pela PUC-RS. Pioneira da Governança Humanizada. Consultora empresarial em Governança Corporativa e Familiar, Cultura Organizacional e Integridade. Diretora-Fundadora da Ocean Governança Integrada. Desenvolve projetos no Terceiro Setor.
Publicado em: 13 de agosto de 2020.
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