Foto: Mulheres da Governança
O projeto “Mulheres da Governança convidam” recebeu na noite de quarta-feira (11.05) a advogada e membro do Comitê Anticorrupção e Compliance da Rede Governança Brasil (RGB), Anna Dantas. A mediação da live ficou por conta da diretora institucional da entidade, Elise Brites. O novo episódio continua disponível no canal do YouTube da RGB.
Durante o encontro virtual, foram debatidos temas como compliance, paridade, governança, entre outros assuntos.
Logo no início do bate-papo, a advogada brincou sobre o seu primeiro contato com questões de compliance. “Minha mãe contou uma história de que quando eu era criança eu fiz birra em um shopping para poder ganhar alguma coisa. Ela disse que era para eu engolir o choro... que eu ia ficar de castigo. O que eu vejo no compliance, que minha conduta irregular era fazer a birra e chorar. E minha mãe determinou que eu cessasse minha conduta sob pena de alguma punição”, recordou.
Umas das primeiras perguntas da mediadora Elise Brites para advogada foi em relação aos preceitos de paridade usados por instituições que não cumprem realmente esse papel. “Não adianta você ter um lindo discurso de igualdade e paridade. Não é parecer ser, tem que efetivamente ser. Isso até no compliance nós temos muito problema. Algumas empresas que querem fazer o compliance, mas é só de fachada, não é efetivo. Em um ambiente desse eu me sentiria não representada”, disparou.
A membro do Comitê Anticorrupção e Compliance também exemplificou casos de reuniões em que muitas mulheres são interrompidas em suas falas por homens (manterrupting). “Nós temos que mostrar o nosso valor, que somos técnicas com o domínio nos assuntos... a exposição das nossas ideias, o conteúdo que a gente apresenta naquela palestra, conversa ou reunião... Isso faz com que você chame a atenção das pessoas, mostre ao público feminino o seu valor”, disse.
Governança e fiscalização
Anna Dantas ressaltou que tanto a governança pública quanto a privada trazem uma essência e conjunto de mecanismos de cultura ética, estratégias, lideranças para poder implementar novas ações, boas práticas e políticas públicas que refletem na sociedade. “Acredito que o mais importante disso tudo é conscientizar. A conscientização da necessidade de manter um comportamento ético, a ideia de cada um é responsável pelos seus próprios atos e também ter a responsabilidade de ajudar o próximo”, analisou.
“Temos a necessidade de nos adequar, assim como a obrigatoriedade de fazer uma análise dos riscos que vamos correr a partir do momento que praticamos determinada conduta”, afirmou. Ela acrescentou que os cidadãos devem ter uma prerrogativa de fiscalizar o poder público.
"Nós temos a função social de controle das irregularidades. Não precisamos esperar uma autoridade pública, um órgão de controle, Ministério Público... para podermos agir”, observou.
Para saber mais do Mulheres na Governança:
Assessoria de imprensa da RGB
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